O Ego como vazão de ser
- ayraokuzono
- 20 de jan. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 7 de fev. de 2021

Reter o olhar da alma no espelho. Só se enxerga aquilo que sente, mas não só sente o que se enxerga. “Ser e ter”, já são provas de sua existência. Entidade, identidade, pessoa, persona ou coisa, tanto faz. Ego. Faca de dois gumes que sai rasgando as peles e expondo a carne. Desfigurados ficamos, como lindos seres de panos. Equivoca-se quem pensa nele como vilão. Dor, ruptura e desague, é o ciclo que ele tem a oferecer, aceita quem quer. Pode ser aos quinze ou aos noventa, não importa o momento que você o olhe, mas olhe. Ao olha-lo a pratica da humildade começa a se exercer, também como figura personificada. O ego não é um deus uno, mas talvez, seja um Deus, quem vai saber?
Eu só sei que o vivo e, tento reconstruí o que vivi através das memorias do sentir. Abraço-o, com delicadeza e cuidado. Hoje dançamos, ao fundo de lindos sons de piano. Somos leves, como gotículas de garoa. Molhamos, mas nos secamos. Já são seis anos dançando, amando, aprendendo. Sim, ainda deixo ele dançar sozinho, porque não é exatamente uma escolha. Tem dias que eu só não quero ou consigo dançar. Escolhemos nos relacionar de forma consciente e, não ignorar que se relacionar é uma tentativa constante, que horas dá certo e outras não. Mais do que amar todos os aspectos, admiti-los. Sejamos, com todas as nuanças que podemos ter, despertar ou carregar. Respeitando os ciclos que não enxergamos, ainda!
Comments